Programa de Exposições CCSP 2008
16 cenas
Cena 1: Um marchand conversa com um artista na frente de uma obra.
Cena 2: Corte.
Cena 3: Um pingüin disfarçado de dinossauro conversa com um dinossauro disfarçadode pingüin na frente de uma fotografia de um pingüin disfarçado de dinossauro.
Cena 4: Não são exatamente animais. Dinossauros nem existem e pingüins, paranós, são animais remotos, estranhos, distantes. É um jogo de máscaras. Cada um quer convencer o outro de que são um pouco parecidos. Cada um tenta se colocar no lugar do outro para conseguir o que quer. São os pequenos compromissos da vida.
Cena 5: As coisas são o que parecem. Até o momento em que se comportam de maneira diversa daquilo que era esperado. Até o momento em que experimentam. E rasgam.
Cena 6: Riso livre.
Cena 7: Há uma violência intrínseca ao encontro de dois outros.
Cena 8: Corte.
Cena 9: Um latido de cachorro conversa com um latido humano. Quem imita quem? Qual é o padrão? Quem obedece?
Cena 10: Corte.
Cena 11: A árvore não é exatamente uma árvore, é ficção e é realidade, com tronco de coqueiro, folhas de várias espécies diferentes, fotos de flores e galhos reais.
Cena 12: Trata-se de um processo de transposição, de deslocamento, a fim de que a deformação da situação original revele aspetos existentes para além desta. Somos ocidentais? O fícus e o coqueiro. Somos ocidentais? Era uma vez um coqueiro. Somos ocidentais? Há muito tempo, era um coqueiro.
Cena 13: Corte.
Cena 14: A história do burro e da cenoura, como se fosse um osso para cachorro, como se fosse a arte, ou o desejo de entrar no mundo da arte.
Cena 15: Corte.
Cena 16: Só me interessa o que não é meu.
texto escrito em colaboração:
Jorge Menna Barreto e Anne Cartault d’Olive
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